quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tamoyo

O tamoyo é tanque de guerra brasileiro, projetado pela empresa Bernardini em parceria com centro tecnológico do exercito Brasileiro.

Descrição


O Tamoyo é um derivado do M41, incorporando novas tecnologias e um canhão de 90 ou 105 mm, mas mantendo as características apreciadas pelo exército brasileiro no M41. Foram desenvolvidos nos protótipos diversos componentes baseados nas peças do M-41,o trem de rolamento e suspensão eram semelhantes.

Ao contrário do EE-T1 Osório da Engesa, era um carro de combate médio, e projetado de acordo com as necessidades do Exército Brasileiro e do parque automobilístico nacional, de forma a reduzir a dependência de equipamentos e peças importadas. O Osório era um MBT, um carro de combate pesado, foi desenvolvido para uma possível encomenda da Arábia saudita, e incorporava diversos equipamentos importados.

Baseado nos requisitos operacionais estabelecidos pelo Exército Brasileiro, a Bernardini começou a desenvolver o novo veículo, inicialmente denominado X-30. O veículo não poderia superar as 30 toneladas, limite imposto de sistema rodoviário e ferroviário brasileiros. Foram contactadas empresas nacionais que poderiam fornecer componentes para o projeto.


Protótipos

O primeiro protótipo foi finalizado em 1984e foi designado Tamoyo I. Possuía suspensão por barras de torsão, canhão de 90mm, motor Scania DSI 14, mecanismo de giro da torre nacional, sua transmissão CD-500-3 (a mesma empregada no M-41) e baixa silueta.

O Tamoyo II tinha por objetivo adaptar o veículo ao mercado internacional, incorporando equipamentos importados mais sofisticados, entre outros optrônicos e uma nova transmissão.

O Tamoyo III apresentava uma série de aperfeiçoamentos, distinguindo-se facilmente dos modelos anteriores. O Tamoyo passa a incorporar modernas tecnologias, como a blindagem composta de aço e cerâmica, telêmetro laser, visão noturna e térmica, direção de tiro computadorizada, torre estabilizada para tiro em movimento. O veículo recebeu o moderno canhão de 105mm L7 Royal Ordnance e um motor diesel V8 Detroit série 92. O chassi e a torre foram modificados e a blindagem frontal foi aumentada, o peso total atingiu as 31 toneladas.


Nacionalização

Com as opções por um canhão de 90mm ou 105mm o fabricante afirmava que o tanque tanto poderia ser utilizado como um veículo blindado médio de reconhecimento, como com o canhão maior de 105mm e melhor blindagem e motor poderia formar agrupamentos de carros de combate, adequados para enfrentar qualquer ameaça que se poderiam esperar no continente sul americano.

O Tamoyo poderia ser equipado com um computador de tiro da FERRANTI, enquanto que o periscopio era americano, fabricado pela empresa Kolmorgan. Alguns dos sistemas não estavam instalados a bordo dos tanques TAM argentinos que eram naquela altura a referência para os brasileiros.

O motor considerado para o tanque foi inicialmente o conjunto motriz Scania DA14, com a potência aumentada para 736cv fabricado pela Scania no Brasil. Mas a possibilidade de utilizar um motor GM8V92TA Detroit-Diesel também foi considerada, para o caso de o veículo ser exportado e haver preferência por esse motor.

A grande vantagem do Tamoyo como possibilidade para carro de combate brasileiro, estava na grande percentagem de incorporação de componentes fabricados no Brasil. Toda a blindagem, a torre os sistemas hidraulicos, as lagartas, um dos motores e até o canhão (no caso do 90mm) podiam ser fabricados no Brasil. Alguns dos outros equipamentos, embora de origem internacional, poderiam ser nacionalizados desde que o numero de sistemas a adquirir fosse suficiente e justificasse a operação.




sexta-feira, 8 de julho de 2011

F-5E Tiger II

Northrop F-5E Tiger é um caça tático de defesa aérea e ataque ao solo. O F-5E (versão mais potente do F-5A Freedom Fighter) tornou-se um dos aviões mais operados no mundo. A variante original F-5A foi testada em combate no Vietnã, no Programa Skoshi Tiger. O F-5E é extremamente manobrável e rápido, constituindo-se um excelente avião para combates aéreos.
  historia
A northrop decidiu seguir com o programa do F-5 como um projeto privado, em julho de 1959, o avião realizava seu primeiro vôo. Três anos após o Departamento de Defesa escolheu o F-5 para o Military Assistance Program (MAP). Aliados dos Estados Unidos que procuravam um caça de custo módico começaram a ser atraídos pelo pequeno e ágil avião.
Em 25 de abril de 1962, o Departamento de Defesa Americano anunciou que o N-156F havia sido escolhido para o Programa de Assistência Militar (MAP). Os aliados dos americanos na OTAN e SEATO poderiam agora adquirir um avião supersônico de qualidade com preços razoáveis.
Em 9 de agosto de 1962 foi dada à aeronave a designação oficial de F-5A Freedom Fighter. Otimizado para missões de ataque ao solo, o F-5A tinha apenas uma limitada capacidade ar-ar e não era equipado com um radar de controle de fogo (FCR). O F-5B era a versão biplace do modelo "A", para missões de treinamento e ataque. Apesar de todos os F-5A de produção terem sido designado para o MAP, em outubro de 1965 a USAF "pegou emprestado" 12 F-5A dos estoques do MAP e os mandou para o Vietnã com a 4503º Ala de Caças Táticos (4503º TFW) para testes operacionais. Foi dado ao programa o nome código Skoshi Tiger ("Pequeno" Tigre), e foi durante essas operações que o F-5 foi apelidado de Tiger (Tigre).
Com o início da guerra do Vietnã, as perdas do F-4 Phantom foram muito superiores ao esperado. Nisso, a USAF encomendou 200 F-5A . Embora fosse o mais leve, menos sofisticado e quase sem armamento, suas baixas eram menores que a dos outros aviões em uso ( F-4 Phantom e o F-105 Thunderchief), pois era menos atingido, pois sua manobrabilidade permitia escapar ao fogo antiaéreo.
compras
A FAB recebeu 6 F-5B (FAB 4800 a 4805), 4 F-5F (FAB 4806 a 4809) e 58 F-5E (FAB 4820 a 4877) que foram adquiridos em dois lotes distintos. O primeiro lote em 1973, direto da fábrica (06 F-5B + 36 F-5E), ao valor de US$ 115 milhões e o segundo lote, em 1988, ex-USAF (04 F-5F e 22 F-5E), ao custo total de US$ 13,1 milhões. As primeiras aeronaves da "Operação Tigre", como ficou conhecido o translado do primeiro lote, foram entregues a partir de 28 de fevereiro de 1975 em Palmdale. Eram 3 F-5B, que chegaram ao Brasil no dia 06 de março do mesmo ano, sendo seguidos de outros 3 F-5B em 13 de maio. Em 12 de junho de 1975, chegavam os primeiros 4 F-5E à BAGL, dando início a uma ponte aérea que só terminaria em 12 de fevereiro do ano seguinte, totalizando 36 aeronaves.
Em 1985, depois de muito procurar, chegou-se a um acordo com o governo Reagan, que aceitou negociar 4 F-5F e 22 F-5E, que sairiam das fileiras da USAF, a um custo de US$ 13,1 milhões, uma bagatela. Por volta de Setembro de 2006, especulava-se a aquisição de 9 aeronaves F-5E Tiger II, usadas da Arábia Saudita, sendo 6 F-5E e 3 F-5F. Esta compra, entretanto, não foi adiante, vindo a Força Aérea Brasileira a adquirir um lote de aeronaves pertencentes à Real Força Aérea da Jordânia. No total foram compradas 11 aeronaves, sendo 8 F-5E monoplaces e 3 F-5F biplaces. As primeiras aeronaves vindas da Jordânia chegaram no Brasil em 19 agosto de 2008 e foram enviadas ao Parque de Material da Aeronáutica de São Paulo (PAMA-SP). Todas os F-5 ex-Jordânia deverão ser convertidos para o padrão F-5EM e F-5FM.
F-5EM - O tigre Brasileiro
F5BR (F5M) é uma versão brasileira modernizada do caça F-5 Tiger II empregada na Força Aérea Brasileira. O projeto F5BR (posteriormente chamado de F5M) foi realizado pela Embraer, na cidade de São José dos Campos, em São Paulo, e pela Aeroeletrônica, subsidiária da israelense Elbit, a pedido da FAB e teve custo de US$ 285 milhões. O projeto consistiu na aplicação de aviônicos de última geração, atualização dos sistemas de navegação, armamentos e auto-defesa, inclusive com equipamentos recentes de contra-medidas eletrônicas. A modernização destes caças foi uma alternativa ao Projeto FX original do governo Brasileiro a fim de conseguir um sistema de defesa aérea efetivo na segurança aérea brasileira.
Ela inclui a última tecnologia disponível, com a capacidade técnica de ambas empresas para desenvolver a solução certa para os cenários operacional e orçamentário da Força Aérea Brasileira. São aproximadamente 60 caças F-5E/F que serão atualizados e irão assegurar a sua vida operacional por mais 15 anos.
O F5BR é considerado um caça de 4ª geração (os outros F5 são tidos como de 3ª) , tem aviônicos e sistemas totalmente novos (os mesmos do A-29), o caça também opera os misseis nacionais MAA-1 Piranha, o trem de pouso também foi otimizado dando ao F5BR a capacidade de pousar em pistas em mal estado de conservação. O caça também tem o sistema REVO de reabastecimento em pleno vôo.
A operação aérea Cruzex é realizada no Brasil a cada dois anos com a participação de forças aéreas sulamericanas e da França. Nos exercícios de 2002 e 2004, era nítida a distância entre a FAB e a Armée de l'Air. Na CRUZEX 2006, o avanço conseguido pelo F-5M devido as modificações eletrônicas, surpreendeu a própria FAB e todas as forças aéreas convidadas. O avião agora possui seu sistema totalmente digital, e a FAB implantou mísseis BVR [1] Derby de origem israelense. Essas modificações mostraram no exercício militar a nova cara da FAB, ou seja, uma força que finalmente chegou a era digital e que introduz uma série de novos conceitos em operação, embora ainda esteja muito aquém do poderio aeronáutico apresentado por norte-americanos, russos, franceses e ingleses. A integração da aeronave Embraer EMB-145 AEW&C e o "novo" F-5 demonstrou ser letal, igualando ou vencendo o sistema equivalente da Força Aérea Francesa no exercício. O EMB-145 AEW&C possui um poderoso radar instalado, orientando os caças F-5 com seus mísseis.
Ficha Técnica
Origem:
Northrop, USA
Modernização:
Embraer (Elbit, Galileo, Honeywell e Elisra)
Tipo:
Caça tático supersônico
Motores:
2 turbinas General Electric J85-GE-21A com 2.268 Kgf de empuxo em pós-combustão.
Velocidades:
- máxima: 1.733 Km/h (Mach 1.63 a 10.975 m)
- stoll:        230 Km/h
- subida: 10.515 m/min
Teto operacional:
15.790 m
Raios de combate:
- com carga máxima: 313 Km (tanque cheio e armamentos)
- com máximo de combustível: 2.338 Km
Pesos:
- vazio:     4.392 Kg
- máximo: 11.192 Kg
Dimensões:
- envergadura:   8,13 m
- comprimento: 14,68 m
- altura:            4,06 m
- área da asa:  17,28 m2
Armamento:
- 1 canhão M-39A-2 de 20 mm com 280 tiros.
- até 3.175 kg de armamentos em 5 pontos "duros",
(entre mísseis ar-ar/terra/mar, foguetes e bombas)
- mísseis ar-ar MAA-1 Piranha / Python 3 (ou Python 4).
- mísseis BVR (Beyond Visual Range), provavelmente
o míssel de radar ativo israelense Derby.
- mísseis anti-radiação MAR-1.
- foguetes SBAT-70.
- bombas diversas:
- bombas incendiárias BINC-200/300 (Napalm)
- bombas anti-pista BAPI
- bombas de baixo arrasto BAFG-230/920 (Mk.84)
- bombas lança-granadas BLG-120/204/252 (Rockeye)
- bombas com freio aerodinâmico BFA-230/460
Sensores:
- Radar Doppler FIAR Grifo-F com modos de operação
ar-ar, ar-solo e ar-mar, com grande resistência a bloqueios
e despistamentos, eletrônicos ou mecânicos e capacidade
de rastrear/acoplar alvos de cima para baixo (look-down)
Alcances do Grifo-F:
- 56 Km para contatos na mesma altitude ou acima
- 37 Km para contatos voando abaixo (look-down)
- 110/148 Km para alvos marítimos.
- Sistema de Alerta de Radar para autodefesa da Elisra
(RWR - Radar Warning Receiver).
- Pod de Reconhecimento Tático Rafael Reccelite
- Pod de Navegação e Designador Laser Rafael Litening 3
- Pod de Contramedidas Eletrônicas Rafael Sky Shield
NavCom:
- dois computadores de missão redundantes e parelelos.
- rádios digitais V/UHF Rohde & Schwartz M3AR (Serie 6000)
com proteção eletrônica das comunicações, como salto,
criptografia e compressão de freqüências.
- data-link que permitirá transferência de dados entre as
aeronaves F-5M, os Embraer R-99 de alarme aéreo
antecipada e estações de controle de terra (Cindacta).
- sistema inercial de navegação INS/GPS da Rockwell
modelo H-764G a laser e um segundo GPS de backup.
- IFF, VOR, ILS Marker Beacom/DME.
Outros sistemas:
- óculos de visão noturna NVG (Night Vision Goggles)
- HUD (Head-Up Display) visor-de-cabeça-esguida
- visor-montado-no-capacete com visor de mira
HMD (Helmet-Mounted Display) tipo DASH da Elbit.
- manetes e manche com tecnologia HOTAS
(Hands On Throttle And Stick)
- 3 telas coloridas de cristal líquido de múltiplas funções
(MFCD conceito glass cockpit)
- novos sistemas de pontaria
- novos sistemas de gerenciamento de combustível
- probe para reabastecimento em vôo
- gerador autônomo de oxigênio a bordo (OBOGS)
- assento ejetável zero-zero Martin Baker Mk.10LE
- lançador ventral de chaff e flare (despistadores de mísseis)
- cabine pressurizada e com controle ambiental
- gancho traseiro para parada de emergência
Tripulação:
- versão F-5EM monoplace
- versão F-5FM biplace
Operador:
Brasil

Embraer EMB-314 Super Tucano

Embraer EMB-314 Super Tucano é uma aeronave turboélice de ataque leve e treinamento avançado, que incorpora os últimos avanços em aviônicos e armamentos. Concebido para atender aos requisitos operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB), para uma aeronave de ataque tático, capaz de operar na Amazônia brasileira em proveito do projeto SIPAM / SIVAM, e de treinador inicial para pilotos de caça.
Histórico de desenvolvimento
Partindo de seu modelo de treinamento EMB-312G1, inicialmente projetado para a Real Força Aérea britânica (RAF), que conta com uma série de modificações para com o Tucano básico, a Embraer começou a estudar uma nova aeronave turboélice, que atendesse ao interesse crescente de um mercado de treinadores de alto desempenho, no qual veio a culminar no modelo EMB-312H ou Tucano H (H de Helicopter Killer ou caça-helicópteros, denominado assim por poder operar a baixa altura, caçando helicópteros).
A partir do começo dos anos 90, esse trabalho ganhou um novo impulso quando os norte-americanos lançam o programa JPATS (Joint Primary Aircraft Training System), um requerimento conjunto da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) e Marinha dos Estados Unidos (US Navy), visando substituir seus treinadores em uso. Para isso, a Embraer se associou à empresa Northrop Grumman, sendo desenvolvido um protótipo demonstrador de conceito, o Tucano POC (Proof Of Concept), mas este veio a ser superado pelo Raytheon T-6 Texan II, versão fabricada sob licença do Pilatus PC-9.
Na mesma época, outro programa do qual participou foi o canadense NFTC(NATO Flight Training in Canada), um programa que buscava selecionar uma aeronave turboélice, e uma a jato, para a formação dos novos pilotos da OTAN. Novamente confrontado com o T-6 Texan II, foi desclassificado no final, sendo declarados vencedores o Raytheon T-6 Texan II e o jato BAe Hawk.
Apesar dos reveses sofridos nos programas do qual participou, a Embraer continuou desenvolvendo sua aeronave - até então, essencialmente, um treinador - para a aeronave de ataque da qual se tornaria mais tarde.
Aviônicos e armamentos
O EMB-314 Super Tucano conta com moderna aviônica digital (foto)., painel composto por duas telas – com opção de uma terceira tela[3] - CMFD (Colored Multi-Function Display), um HUD (Head-Up Display) e um UFCP (Up-Front Control Panel), além da tecnologia HOTAS (Hands On Throttle And Stick), que permite ao piloto conduzir todas as fases de voo sem retirar as mãos dos comandos da aeronave.
Iluminação da cabina compatível com o emprego de NVG (Night Vision Goggles); sensor FLIR (Forward Looking InfraRed); sistema de navegação integrado INS / GPS; sistema de comunicações de rádio com criptografia de dados datalink, que possibilita o envio e o recebimento de dados entre aeronaves e equipamentos em terra, em modo seguro.
A cabina do piloto recebeu blindagem capaz de resistir a projéteis de até 12,7 mm; duas metralhadoras de 12,7 mm instaladas internamente nas asas; cinco pontos para até 1.550 kg de cargas externas, capazes de reconhecer o tipo de armamento colocado nessas estações; provisões para amplo leque de armamentos alojados em pods, bombas convencionais e inteligentes, mísseis ar-superfície e ar-ar de curto alcance, podendo este, ser apontado pelo HMD(Helmet Mounted Display).

 Combate real

Batismo de fogo

Em 18 de janeiro de 2007, uma esquadrilha de Super Tucanos da Força Aérea Colombiana, fazendo uso de bombas Mk 82, atacou posições das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em localidade de selva. Esta ação, que marca o batismo de fogo do Super Tucano, foi conduzida no modo CCIP(Continuously Computed Impact Point) ou Ponto de Impacto Continuamente Calculado, sendo relatado êxito na ação.[4]

Operação Fênix

Super Tucano da Força Aérea Colombiana
Na madrugada de 1º de março de 2008, aeronaves Super Tucano da Força Aérea Colombiana, atacaram acampamento das FARC situado cerca de 2 km dentro do país vizinho Equador. Nesta operação, Forças Especiais colombianas infiltradas próximas do acampamento, iluminaram os alvos que os Super Tucanos deveriam atacar (isso é de fundamental importância, pois o Governo da Colômbia adota regras de engajamento que limitam e proíbem qualquer operação que ponha em risco civis e não envolvidos no conflito), sendo que as aeronaves dispararam suas bombas a mais de 5 km da fronteira, em território colombiano. Para isso, os Super Tucanos foram armados com bombas guiadas por laser de procedência israelense, as quais destinavam conquistar a surpresa tática frente ao inimigo, sendo que o ataque final foi empreendido pelas Forças Especiais, em combate aproximado. A Operação Fênix teve consolidados todos os seus objetivos, dentre os quais a captura do número 2 das FARC, Raúl Reyes, morto durante a operação, e o bem mais valioso dos ataques, os computadores portáteis de Raúl Reyes, intactos, contendo informações valiosas das ações criminosas da guerrilha.[5]

Tiro de Aviso

Em 3 de junho de 2009, duas aeronaves Super Tucano da Força Aérea Brasileira vetoradas por uma aeronave E-99, fizeram uso de suas metralhadoras de 12,7 mm contra um Cessna U206G de narcotraficantes procedente da fronteira entre a Bolívia e o Brasil. Interceptada na região de Alta Floresta D'Oeste - RO, e após esgotados todos os trâmites legais antes desta ação, uma rajada de munição traçante foi disparada em paralelo a trajetória do Cessna como Tiro de Aviso, forçando essa aeronave a seguir os Super Tucanos até o aeroporto de Cacoal - RO. Essa foi a primeira vez, desde que entrou em vigor a Lei do Abate em 17 de outubro de 2004 e que legaliza o Tiro de Destruição no Brasil, que se utilizou esse recurso no combate a aeronaves ilícitas. A bordo do Cessna, que antecipou seu pouso em Izidrolândia, distrito de Alta Floresta D'Oeste, foram encontradas 176 kg de pura pasta base de cocaína que poderiam se transformar em quase uma tonelada de cocaína. Os dois ocupantes da aeronave foram presos pela Polícia Federal em Pimenta Bueno - RO, após tentativa de fuga.[6]

Ficha Técnica (EMB-314 Super Tucano)

Especificações

Dimensões

  • Envergadura: 11,14 m
  • Comprimento: 11,30 m
  • Altura: 3,97 m

Pesos

  • Vazio: 3.200 kg
  • Máximo de decolagem: 5.400 kg
  • Carga de combate máxima: 1.550 kg (cargas externas/munições)
  • Tripulação: 1 piloto no monoposto ou 2 (1 piloto + 1 operador de sistemas/aluno) no biposto

Desempenho

  • Velocidade máxima nivelada: 590 km/h (limpo)
  • Velocidade de cruzeiro: 520 km/h
  • Velocidade de estol: 148 km/h
  • Alcance de traslado: 1.445 km (combustível interno) e 2.855 km (com tanques externos)
  • Teto de serviço: 10.665 m
  • Autonomia: 3,4 h (combustível interno) e 8,4 h (com tanques externos)
  • Raio de combate: 550 km (Hi-Lo-Hi)
  • Distância de decolagem / pouso: 900 m / 860 m

Estrutura

  • Fatores de carga: +7 G / -3,5 G
  • Pressurização: 5 psi
  • Vida de fadiga: 12.000 h (combate típico) e 18.000 h (treinamento típico)
  • Parabrisa: Resistente ao impacto de pássaros de 1,8 kg a 555 km/h

Armamentos

  • Metralhadoras: (2x) FN Herstal M3P de 12,7 mm (.50 in) (internas nas asas)
  • Canhões: (1x) pod de canhão GIAT M20A1 de 20 mm[7] (sob a fuselagem)
  • Foguetes: (4x) pods de lança-foguetes LM-70/19 de 70 mm[8]
  • Bombas: Mk 81 ou Mk 82 (emprego geral); BLG-252 (lança-granadas); Lizard ou Griffin (guiadas por laser)
  • Mísseis ar-ar: (2x) AIM-9L; MAA-1 Piranha (homologado); Python 3 ou Python 4
  • Mísseis ar-superfície: (2x) AGM-65
  • Estações de armas: possui um total de 5 pontos (dois em cada asa e um sob a fuselagem)

Propulsão

  • Motor: 1 turboélice Pratt & Whitney Canada PT6A-68C de 1.600 shp de potência, controlado por computador FADEC (Full Authority Digital Engine Control)
  • Hélice: 1 hélice Hartzell pentapá de 2,38 m de diâmetro

 Sistemas e equipamentos

  • Cabina blindada
  • CMFD / HUD / UFCP / HOTAS
  • OBOGS (sistema de geração de oxigênio)
  • Rádio V/UHF M3AR Série 6000 (sistema datalink de transmissão e recepção de dados seguro)
  • FLIR AN/AAQ-22 StarSAFIRE II (sensor ótico e infravermelho)
  • NVG ANVIS-9 (óculos de visão noturna)
  • CCIP / CCRP / CCIL / DTOS (sistemas de controle de tiro)
  • HMD (visor montado no capacete) (opcional)[9]
  • Laser Range Finder (telêmetro laser) (opcional)
  • Chaff & flare (sistema de autodefesa) (opcional)
  • Sistema de treinamento virtual de armamentos e sensores
  • Câmara e gravador de vídeo digital
  • Stormscope WX-1000E (sistema de mapeamento meteorológico)
  • INS / GPS (sistema integrado de navegação)
  • Piloto automático
  • Assento ejetável Martin-Baker Mk 10LCX zero/zero
  • Freio de mergulho
  • Ar condicionado
  • Farol de busca

McDonnell Douglas A-4 Skyhawk

McDonnell Douglas A-4 Skyhawk é um avião de ataque naval especialmente desenvolvido para operar a partir de porta-aviões. Desenvolvido nos anos 1950 para a Marinha dos EUA, o pequeno, econômico, mas versátilSkyhawk continua em uso em diversas forças aéreas do mundo.
História
Em janeiro de 1952, a equipe de Edward Henry Heinemann (mais conhecido como Ed Heinemann) projetista-chefe da Douglas Aircraft Company (mais tarde McDonnell Douglas) apresentou um projeto para a Marinha Americana em resposta a uma requisição daquela força, que necessitava de uma aeronave de ataque com capacidade nuclear, baseada em porta-aviões, com raio de ação de 555 km, capaz de transportar 908 kg de armamento e atingir velocidades de 805 km/h, pesando até 13.600 kg e que não deveria custar mais de US$1.000.000,00 (um milhão de dólares) por unidade. Para cumprir essas difíceis exigências, o que Heinemann fez foi: peguei o melhor motor a jato, coloquei asas e esqueci o resto (sic). De fato, a "simplicidade" do projeto de Heinemann agradou à Marinha Americana que autorizou a fabricação de 2 protótipos, designados inicialmente como XA4D-1, mas que passsaram logo depois para para XA-4A devido a uma mudança na nomenclatura de aeronaves.
O modelo inicial foi apresentado duas semanas após a primeira avaliação e tinha comprimento de 12,01m, peso de 5.440 kg, velocidade superior à 950 km/h, carga de armas de 2.250 kg (incluindo artefatos nucleares) e uma envergadura de apenas 8,38m, o que dispensava a necessidade de asas dobráveis para armazenamento em porta-aviões. O primeiro vôo da nova aeronave aconteceu em 22 de junho de 1954. As dezoito aeronaves de pré-série, conhecidas comoYA4D-1 (A-4A), foram seguidas pelo modelo de produção, chamado de A4D-1(A-4A), que voou em 14 de agosto de 1954. Em 15 de outubro de 1955, apenas dois meses após o seu primeiro vôo, o A4D-1 ou (A-4A) bateu o recorde de velocidade em circuito fechado de 500 km, atingindo 1.118 km/h.
As primeiras unidades começaram a ser entregas para a Marinha Americana em meados de 1956 e entraram em serviço ativo em outubro do mesmo ano. A produção foi mantida até fevereiro de 1979, totalizando 2.960 exemplares construídos em pelo menos 20 versões diferentes.A último versão produzida nova para os norte-americanos foi a A-4M, uma aeronave bastante sofisticada, usada principalmente pelos esquadrões do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e o último modelo a sair da linha de montagem foi o A-4KU, .
Perfil de um A-4C Skyhawk do esquadrão VA-76 da Marinha dos Estados Unidos em 1968. (Fonte: A-4 - Perfis de Aviões)
uma série especial de 30 aeronaves (mais 6 bipostos TA-4KU) fornecidos para o Kuwait mas que atualmente servem à Marinha do Brasil.
Perfil de um A-4P (A-4B) Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com o esquema de pintura usado durante a Guerra das Malvinas. Notar as marcações em amarelo. (Fonte: Malvinas/Falklands - Perfis de Aviões)
No decorrer de sua carreira, o Skyhawk perdeu a função de ataque nuclear mas ganhou a capacidade para operar em qualquer tempo, sendo que a principal modificação visível foi uma espécie de "corcunda" ou "corcova", introduzida, a partir do modelo A-4F, na parte superior da fuselagem, para receber aviônicos. Os aviões assim fabricados (e os modelos mais antigos que também ganharam a "corcova") ficaram conhecidos como camel (camelo). Mas o A-4 possuía outros apelidos, como bantam (o equivalente em inglês ao peso galo do boxe) e scooter(patinete) uma alusão à grande altura do trem de pouso. Devido ao apelidobantam, alguns pilotos se referiam (referem) ao Skyhawk como galinho-de-briga ou bombardeiro peso galo. Interessante lembrar que o nome Skyhawksignifica gavião do céu.
Perfil de um A-4P (A-4B) Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com o esquema de pintura usado durante a Guerra das Malvinas antes da aplicação das marcações em alta visibilidade. (Fonte: Malvinas/Falklands - Perfis de Aviões)
A serviço dos EUA, os Skyhawks continuaram voando na função Agressor para o fuzileiros e para a marinha até o final do século XX. Esta última também operou o aparelho na equipe acrobática Blue Angels e o modelo TA-4J operou nos esquadrões de treinamento avançado até 1999, quando foram substituídos por T-45A Goshawk. .
Perfil de um A-4C Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com um dos esquemas de pintura adotados por estes aviões durante a Guerra das Malvinas. (Fonte: Malvinas/Falklands - Perfis de Aviões)
A grande versatilidade do Skyhawk fez dele uma ótima opção para diversas forças aéreas ao redor do mundo, razão pela qual o avião ainda continua em plena atividade no início do século XXI. 2.960 aeronaves foram produzidas.
Perfil de um A-4C Skyhawk da Fuerza Aerea Argentina com um dos esquemas de pintura adotados por estes aviões durante a Guerra das Malvinas. (Fonte: Malvinas/Falklands - Perfis de Aviões)
Pela Força Aérea e Marinha Argentinas, o A-4 teve destacado papel na Guerra das Malvinas. Aeronaves A-4P e A-4Q (A-4B) e A-4C conduziram diversas missões de ataque durante o conflito do Atlântico Sul, geralmente carregando bombas e realizando ataques anti-navio. As aeronaves da Força Aérea Argentina receberam faixas amarelas e posteriormente azul turquesa como forma de identificá-las como "amigas" perante as baterias de artilharia anti-aérea argentina estacionadas nas ilhas Malvinas durante o conflito.
A Argentina, junto com Israel, foi um dos maiores operadores do Skyhawk. Desde 1998, uma versão modernizada conhecida como A-4AR Fightinghawk está operando pela Força Aérea Argentina. Esta versão está equipada com o radar ARG-1, uma versão do AN/APG-66 do F-16. 36 unidades estão operacionais.

Operadores

Entre os operadores do A-4 Skyhawk nas suas diversas variantes incluem-se os seguintes países e as seguintes forças armadas:
  • Argentina (Força Aérea e Marinha)
  • Brasil (Marinha)
  • Israel (Força Aérea)
  • Kuwait (Força Aérea)
  • Singapura (Força Aérea)
  • Austrália (Marinha)
  • Malásia (Força Aérea )
  • Nova Zelândia (Força Aérea)
  • EUA (Marinha e Corpo de Fuzileiros)

Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil possui 23 exemplares de Skyhawk da versão A-4KU, a última a ser produzida. Desses, 20 são monopostos (versão A-4KU) e 3 bipostos de treinamento (versão TA-4KU). Destas aeronaves, cinco monoplaces são utilizados como fontes de peças.
O modelo monoposto foi designado AF-1 e o biposto AF-1A.
Um caça Skyhawk no porta-aviões NAe São Paulo (A-12).
Os AF-1 e AF-1A foram comprados no final dos anos 90 do Kuwait e são aeronaves veteranas de guerra, tendo participado de missões de combate da Operação Tempestade no Deserto no início de 1991. Durante o conflito de 1991 voaram com uma camuflagem em areia, marrom e cinza, além de levarem escrito na lateral da fuselagem as palavras "Free Kuwait". (Fonte: Perfis de Aviões)
Os Skyhawk brasileiros ficam sediados na Base Aérea Naval de São Pedro Aldeia (BAeNSPA) e operam embarcados no NAe São Paulo.
especificaçoes
Descrição
FabricanteDouglas Aircraft Corporation
Primeiro voo{{{primeirovoo}}}
Entrada em serviçooutubro de 1956
MissãoAeronave de Ataque
Tripulação1 (ou 2 na versão de treinamento)
Dimensões
Comprimento12,2 m
Envergadura8,4 m
Altura4,6 m
Área (asas)24,15 m²
Peso
Tara4.750 kg
Peso total8.318 kg
Peso bruto máximo11.136 kg
Propulsão
Motores1 x Pratt & Whitney J52
Força (por motor)kN
Performance
Velocidade
máxima
1.077 km/h (Mach: )
Alcance bélicokm
Alcancekm
Tecto
máximo
m
Relação de subidam/min
Armamento
Metralhadoras2× 20 mm Colt Mk 12 cannon, 100 tiros por arma
Mísseis/
Bombas
AIM-9 Sidewinder e 4,490 kg em bombas